A modelo Rangel Carlos, que tem um canal no YouTube onde um dos assuntos abordados por ela é a relação com os clientes do Book Rosa, não concorda com a abordagem feita pelo autor, Walcyr Carrasco, ao tratar as ‘acompanhantes de luxo’ dentro da novela.
Rangel, que em 2017 foi eleita Miss Bumbum Florianópolis, e em 2019 venceu o reality show Casa das Pimentinhas, promovido pela revista Sexy, já declarou publicamente ser adepta do Book Rosa para complementar os trabalhos como modelo. Ela faz tanto sucesso no meio que, em 2020, em plena explosão da pandemia da COVID-19, Rangel foi apontada como uma das acompanhantes de luxo mais bem pagas do ano.
“A primeira parte da novela foi quase fiel ao que realmente acontece nos bastidores dos estúdios fotográficos e das passarelas, mas ainda assim houve um pouco de exagero. Agora, nessa segunda parte, a abordagem foi feia. Muito exagero. Trataram tudo de forma muito banal e promíscua, e não, não é assim que a banda toca. O Book Rosa é um negócio lucrativo para modelos e para agências, mas existe um profissionalismo absurdo longe dos holofotes. O Walcyr está tratando tudo de maneira muito caricata, e não é bem por aí. Não tem nada de caricato em ser uma acompanhante de luxo”, conta a Miss Bumbum Florianópolis.
A modelo ressalta a importância de se fazer um laboratório antes de retratar histórias como as que estão sendo contadas na trama.
“Acho que faltou um estudo mais amplo sobre o tema. É de muito bom tom mergulhar no mais profundo de uma história antes de levá-la ao grande público. Um laboratório seria indispensável para retratar uma realidade sem que ela chegue ao exagero. Não sei os meios que a equipe da novela usou para montar as histórias dos personagens, mas faltou uma imersão na vida de modelos reais que fazem Book Rosa como algo profissional -sim, é uma profissão, apesar dela não ser reconhecida e respeitada. Famílias inteiras são sustentadas com o dinheiro que vem do trabalho paralelo”.
Fotos: Divulgação / Perfil II Comunicação
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