Nizo Neto, ator e filho do humorista Chico Anysio, que morreu em 2012, revelou em entrevista à repórter Lisa Gomes no instagram do Tv Fama, uma história curiosa do ícone do humor, além da paixão pela arte de fazer rir, Chico também era viciado em remédios.
Chico Anysio revelou antes de morrer que sofria de depressão e para os filhos sempre foi muito difícil lidar com a doença do pai, “Ele tinha uma depressão funcional, meu pai sempre foi meio hipocondríaco mas nunca assumiu. Ele pagava mensalmente, um salário para um farmacêutico pra ir uma vez por semana na casa dele e aplicar injeção. Ele não tomava comprimido e quando tomava parecia que tava ingerindo um tijolo. Ele adorava cirurgia, gostava de hospital”, revela Nizo.
O humorista era um gênio e o filho ficava surpreso com a capacidade de criar os personagens, “Tudo vinha de uma forma muito espontânea, não se preparava pra nada, eu nunca vi testando voz em casa. Eu convivi muito com ele, nunca vi nem no espelho testando personagem, estudando uma referência. Nada! Era impressionante. Ele tinha tudo na cabeça dele e chegava para maquiadora, figurino que queria e o personagem saía em cena”, conta Nizo Neto.
Em cena, o grande Chico tinha outro vício, “Ele não decorava texto, depois ele viciou no ponto eletrônico, mas grande maioria da carreira dele fazia sem ponto, ensaiava uma ou duas vezes no máximo”, explica.
Testamento
Chico teve muitas glórias na carreira, mas ao contrário do que todos imaginam, a maior herança deixada por ele foi sua arte, “O testamento do meu pai foi uma das coisas mais humorísticas que ele deixou, foi uma coisa ridícula, uma piada, tanto que foi anulado e a gente teve que entrar com um processo pra anular, era assim: “As coisas que estão na escrivaninha fica pra fulano. Tá dando um trabalho porque o inventário ainda não acabou, mesmo 10 anos depois. Ele deixou um imóvel que vai ser metade da viúva e metade pra dividir pra nós 7, isso lá é herança?”, diz Nizo.
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