O que era para ser uma ação publicitária se transformou em grande confusão. Convocadas pela Califórnia TV para uma gravação na avenida Paulista, as modelos Flávia Oliver, Luiza Marcato e Tati Weg pintaram seus corpos e foram ao centro de São Paulo. A preparação foi feita num condomínio na zona sul de São Paulo. Dias depois, a administração do prédio enviou uma multa alegando que as pinturas feriam os bons costumes do lugar.
“É uma baita discriminação, tivemos todo o cuidado na hora de circular pelo condomínio e mesmo assim fomos repreendidas, isso é hipocrisia e coisa de gente à toa”, ataca Flávia. “A maldade está na cabeça dessas pessoas. A pintura cobria todo o corpo, não tinha nada demais”, defende Luiza. “Onde vamos parar? Agora pintar o corpo virou pornografia? É inaceitável receber uma multa por isso”, completa Tati.
As três contam que nunca passaram por situações parecidas e se defendem dizendo que não causaram constrangimento a ninguém. As modelos, inclusive, lembram que não encontraram outros moradores nas áreas comuns e que a reclamação pode ter vindo de alguém que viu de longe, pelas janelas, mas que sequer teve contato com elas.
Depois da confusão, as modelos e a própria Califórnia TV pediram as imagens do circuito interno, mas até agora o condomínio não forneceu nada. Todos se recusam a pagar os R$ 10 mil de multa. “É inaceitável criar uma confusão em cima disso. As modelos não estavam nuas e elas não se insinuaram ou causaram constrangimento. Além disso, se existe algo de errado, trata-se dessa discriminação, que não pode existir”, explica Caio Cesar, apresentador da Califórnia.
O caso foi parar na mão dos advogados, que agora buscam provar que as modelos não podem ser advertidas e multadas. Além disso, as três prometem tomar as medidas legais, incluindo processo por danos morais.
Fotos: Davi Borges / Edu Graboski / Divulgação
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