Quem emprega mais na área de segurança, as polícias brasileiras ou as empresas de segurança privada? Só para você ter uma noção, o somatório de todos os policiais civis, militares e federais é em torno de 530 mil servidores públicos.
Já as empresas de segurança empregam aproximadamente 570 mil vigilantes. Mas esse número é infinitamente maior. Dezenas de milhares de vigilantes formados trabalham como porteiros, controladores de acesso, rondistas e fiscais de piso.
Ainda temos que considerar aqueles que não têm formação como vigilantes, portanto sem os devidos requisitos legais para o exercício da função de vigilância patrimonial, mas que, de acordo com prática comum no mercado, são contratados em prol da redução de custos.
Em São Paulo temos aproximadamente 75 mil edifícios.
Calculando-se grosso modo, pelo menos 65 mil deles têm portaria 24h, ou seja, somente neste espectro temos empregados 260 mil porteiros que zelam pela segurança condominial, realizando controle de acesso de pessoas, veículos e mercadorias. Alguns edifícios ainda mantém rondistas, controladores de acesso na área de pedestres ou na eclusa de veículos.
A explicação óbvia, é que com a escalada da violência urbana, moradores de condomínios passaram a cobrar das administradoras investimentos em pessoas e equipamentos para garantir a segurança das famílias.
Portanto, a conclusão é matemática e simples: O universo da segurança privada no Brasil emprega infinitamente mais que todo aparato de segurança pública. A estimativa é que para cada agente público de segurança existam três privados.
O Brasil supera a média de agentes privados versus agentes públicos de países como Estados Unidos (2,5 por 1) e México (2 por 1).
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