Número de casos entre jovens de 10 a 19 anos está em queda há 5 anos como reflexo das políticas públicas de prevenção e conscientização
De acordo com dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, São Bernardo registrou em 2022 o menor índice de gravidez na adolescência de sua história. O atual percentual de 6,68% é o menor já alcançado para nascidos vivos de mães adolescentes (de 10 a 19 anos). A queda dos casos de gravidez na adolescência vem ocorrendo de forma gradativa desde 2000. Nos últimos cinco anos, porém, o declínio vem se acentuando e registrando recordes ano a ano.
Para o prefeito Orlando Morando, o resultado pode ser atribuído ao esforço contínuo da rede de saúde e de toda administração. “Nosso objetivo é implementar cada vez mais políticas públicas neste setor, que permitam acesso à informação e aos métodos contraceptivos para homens e mulheres, que previnem não só a gravidez, mas também as infecções sexualmente transmissíveis, e o investimento na base educacional de nossas crianças e jovens”, explicou.
Conforme previsto em lei, pacientes desta faixa etária têm direito ao acompanhamento de seu responsável legal, pela equipe de psicologia e serviço social, da equipe de enfermagem para sensibilização e manejo do aleitamento materno, além de oferta de anticoncepcional de longa duração no pós-parto, como o dispositivo intrauterino (DIU). Entre janeiro e maio de 2021, 225 gestantes entre 10 e 18 anos fizeram pré-natal na rede municipal. No mesmo período deste ano, o número caiu para 191.
OFERTA DE DIU – Além da livre demanda de preservativos masculinos e femininos em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de São Bernardo, o Hospital Municipal Universitário (HMU) adotou a prática de ofertar a inserção do dispositivo intrauterino (DIU) no pós-parto, especialmente, às adolescentes que ganham os bebês no hospital. O pequeno objeto em formato de T é inserido no útero para atuar como contraceptivo. Desde o início do programa, em 2017, foram aplicados mais de 8 mil DIUs, sendo 20% deles em adolescentes.
De acordo com o secretário de Saúde, Dr. Geraldo Reple Sobrinho, a gestação na adolescência oferece maior risco, dependendo da idade da menina, devido ao corpo não estar completamente formado. “Além da preocupação fisiológica desta gravidez, a vinda de um filho pode interromper sonhos, projetos futuros que, naturalmente, vêm antes da formação familiar”, defendeu.
OUTROS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS - O município aborda a questão dos métodos contraceptivos nas dinâmicas de grupos de orientação sobre Planejamento Reprodutivo, nas UBSs. Todas as unidades básicas também ofertam a colocação do DIU de cobre, bem como pílula anticoncepcional, anticoncepcional injetável, preservativos internos e externos. A decisão de escolha do método contraceptivo, temporário ou definitivo, é de livre autonomia do paciente, desde que se adeque aos critérios do procedimento, estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
PSE - O município oferece em todas as 33 Unidades Básicas de Saúde (UBS) o Programa Saúde na Escola (PSE), que chega aos 82 mil alunos da rede de Educação, com ações de educação em saúde, com temas relacionados, inclusive, a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e orientações para prevenção de gravidez precoce na adolescência.
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